terça-feira, 27 de setembro de 2011

Saudades...


Por que a amargura toma-me por vezes?
Ainda que o sol brilhe lá fora, sinto-me mergulhada nas sombras do desespero.
As lágrimas toldam-me os olhos, escorrem pelo meu rosto. Sinto o gosto salgado delas.
Abro a janela e o vento vem sussurrar uma doce canção de amor. Olho o jardim: as árvores estão despindo suas folhas. É outono! Tempo de se preparar para um longo inverno.
Não há mais sementes de esperança armazenadas nos refolhos da minha alma.
Tudo parece crestado, seco, desolado...
Que saudades dos dias brilhantes da primavera! Quando a natureza fazia a festa nas flores coloridas. E a música  dominante era o alarido dos passarinhos namorando nos ninhos.
Saudade da chuva caindo no telhado, inundando a terra e o regato.
Saudade de quando o meu coração abrigava a tua doce presença.
E o teu sorriso inundava de esperança minha vida.
E os dias passavam céleres, mas felizes.
Mas um dia você se foi e carregou consigo todo o sentido de viver.
A vida nos separou, a mesma que um dia nos uniu.
Você está longe. Longe dos meus olhos e do  meu coração.
Onde você está? Por quais estradas tem trilhado todo esse tempo?
Será que também não sente saudades daqueles dias embriagados de amor?
Por que não volta para os meus braços carentes de você?
Se estiver me ouvindo, responda, meu amor!
Vamos reconstruir o nosso antigo abrigo. Abrigo de paz e quietude.
Onde o único som é o bater ritmado e uníssono de nossos corações.
Eu te amo...
(SUELI CURRIEL)

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