domingo, 30 de setembro de 2012

ESPERANÇA 2



Acabei de receber a visita de um anjo.
E ele me trouxe um buquê de esperanças.
Trouxe também um feixe de luz, que iluminou as minhas trevas íntimas.
Com a sua doçura aliviou a amargura que insiste em permanecer nas minhas paisagens.
Bendito anjo! Deu-me um novo alento, silenciou minhas inquietações.
Nesse momento, em que me sinto à margem de mim mesma, ele me deu a mão e me fortaleceu para a caminhada que se faz necessária.
Agora tudo me parece mais claro, mais doce, mais tranquilo.
Sinto vontade de sair dançando e cantarolando.
Que bom, meu Deus, por essa presença em minha vida!
Quero seguir com esse anjo, caminhar com ele pelas estrelas, jornadear pelo mundo da poesia...
Meu anjo tem nome, sim.
Mas vou declinar, pois geralmente os anjos sentem pudor de divulgar suas boas ações.
Nesse domingo que se finda imagino que lá fora esteja uma noite linda.
O céu repleto de brilhantes estrelas, a brisa fresca e perfumada.
Dentro do meu coração existe uma promessa de novas florações.
É primavera, e eu vou florir com ela. Desabrochar em cores mil.
O inverno se foi, a escuridão foi esmagada pelas luzes de um novo amanhecer.
Conto as horas pra ficar frente a frente com esse anjo.
Ser aquecida pela ternura do seu olhar.
E me sentir novamente inteira, inabalável, finalmente pacificada.
Obrigada, meu Deus, pela Sua misericórdia!
(SUELI CURRIEL)

MOMENTO DE POESIA



Brilhou um medo incontido
na tua face de luz.
E teu amor resguardou-se
e silenciou.

Quis esconder os meus dedos
nos teus cabelos de mágoa
mas a tua mágoa era grande
para fugir no meu gesto.

Agora o amor é inútil
e inútil o meu consolo.
Estamos sós.

Entre o teu amor
e o meu afago
aquele triste mundo de certezas.
(Hilda Hilst)

O PERFUME DA VIDA



Recorda que a humildade é o perfume eterno da vida.
Jesus, o Sol Divino, brilhou na Terra sem ofuscar ninguém.
Rei Celeste, apagou-se nas palhas da estrebaria para não confundir
os homens desvairados de orgulho, embora viesse acordá-los para a justiça.
Anjo dos anjos, desce ao convívio das criaturas frágeis e delinquentes,
sem destacar-lhes as chagas vivas, não obstante guardar entre elas
o objetivo de iluminar-lhes o roteiro.
Médico Infalível, busca os doentes do mundo sem denunciar-lhes as enfermidades
e as culpas, embora conservando o propósito de restituir-lhes o
equilíbrio e a segurança.
Sábio dos sábios, entende-se com os ignorantes de todas as procedências,
sem salientar-lhes a sombra, não obstante procurar-lhes a companhia
para clarear-lhes a senda.
Poderoso condutor da imortalidade, aproxima-se dos velhos e dos fracos,
das mulheres e das crianças, sem anotar-lhes as mazelas e cicatrizes,
embora lhes buscasse a presença para sublimar-lhes os corações.
Mestre da Luz, não condena os que vagueiam nas trevas,
soberano da eternidade, não abandona os que se desesperam nos precipícios da morte...
Lembrando-lhe a bondade infinita, detenhamo-nos  no ensejo de auxiliar.
Todavia, para auxiliar, é imprescindível não criticar e ferir.
Na obra do Evangelho, somos chamados à maneira de lavradores
para o serviço de amparo à semente da perfeição no campo imenso da vida.
No entanto, para que o dever bem cumprido nos consolide as tarefas
é necessário que a humildade, por perfume do Céu,
nos inspire todos os passos na Terra, de vez que Jesus é o amor de braços abertos,
convidando-nos a entender e servir, perdoar e ajudar, hoje e sempre.
(Emmanuel - Psicografia de Chico Xavier)

MENSAGEM ESPIRITUAL


Enxuga as lágrimas e fita os Céus.
Deus que te sustentou até ontem, sustentará hoje e sempre.
A sombra vale para destacar a luz.
Surge a dor para aumentar a alegria.
Se provações te feriram, esquece.
Se desenganos te amargaram a existência, não esmoreças.
Escuta a esperança, no silêncio da própria alma, a falar-te de futuro e de amor, de beleza e eternidade e transforma a benção das horas em riqueza de trabalho.
Olvida toda sombra, à procura de mais luz e perceberás que Deus está contigo, em teu próprio coração, a estender-te os braços abertos. (Meimei)

SUOR E LÁGRIMAS



Suor é trabalho. Lágrima é sofrimento.
Com o suor aprendemos. Com a lágrima purificamos.
O trabalho esclarece. O sofrimento redime.
Sem suor o mundo agonizaria na inércia.
Sem lágrimas a consciência perder-se-ia no erro.
Sem  trabalho não teríamos a escola que habilita o homem ao progresso.
Sem o sofrimento não encontraríamos o santuário de nossa redenção para a imortalidade.
Com o suor engrandecemos a passagem pela Terra.
Com a lágrima rasgamos a senda para o Céu.
Suando, aperfeiçoamo-nos.
Sofrendo, santificamo-nos.
Homens, nossos irmãos do grande caminho, aceitemos no suor e nas lágrimas nossos guias para a ascensão a Deus.
Rendamos culto aos silenciosos e sublimes instrutores que nos visitam em nome do Senhor.
E, suando e sofrendo, guardemos a certeza de que construiremos as asas divinas que nos transportarão à gloria da Vida Eterna.
(Scheilla)

EGOÍSMO




Herança evidente de nossa antiga animalidade, 
por toda a parte, ainda 
vemos o egoísmo a repontar em toda extensão do mundo. . .


O egoísmo!. . .
Em família, é o exclusivismo do sangue.
No lar, é o narcisismo doméstico.
Na oficina de trabalho, é o despeito.
Na propriedade transitória, é a ambição
de posse desnecessária.
Na cultura da inteligência, é a vaidade intelectual. Na ignorância, é a agressividade.
Na riqueza amoedada, é o espírito de usura.
Na pobreza, é a inveja destrutiva.
Na madureza, é o azedume.
Na mocidade, é a ingratidão.
No ateísmo, é a impiedade.
Na fé religiosa, é a intolerância.
Na alegria, é o excesso.
Na tristeza, é o isolamento.
Nos fortes, é a tirania.
Nos fracos, é a astúcia.
Na afetividade, é o ciúme.
Na dor, é o desespero.
No mimetismo que lhe é próprio,
usa em todos os setores as mais
diversas máscaras e qual o joio
que abafa o trigo, comparece igualmente
nos corações que a luz já felicite, em
forma de cólera e irritação, desânimo e secura. . .
Se desejarmos dar combate à praga
do egoísmo na gleba da alma, saibamos
estender, cada dia, as nossas disposições
de mais amplo serviço ao próximo, e,
aprendendo a ceder de nós mesmos, entre a humildade e o sacrifício, no bem de todos, conquistaremos com o Cristo a plenitude
do amor que lhe converteu a própria cruz
em ressurreição para a Vida Eterna.

Chico Xavier [Emmanuel]

sábado, 29 de setembro de 2012

CÁRCERE SOMBRIO



Sábado, mais um... Vazio e interminável, preguiçoso e triste.
Não sei o que faço, existem tarefas me aguardando, mas não me animo pra fazer nada.
Não há perspectivas boas, será um dia a mais na minha existência e só.
Bem que eu poderia dormir e acordar daqui a um, dois, três anos. Talvez a dor já tivesse passado.
E eu acordaria feliz e bem disposta.
Mas eu vou ter que viver este sábado, os domingos e todos os dias da semana, por toda minha vida.
Viver? Sobreviver? Sub-viver?
Meu coração não está em paz, a minha mente não descansa.
Sinto-me mergulhada num oceano de amarguras, sem nenhuma tábua de salvação.
Estou afogada nele, sem esperança de emergir.
As minhas esperanças foram cortadas, estioladas, massacradas.
Nada me importa agora. Não há nada que chame minha atenção.
A ponte que ligava nossos "eus" foi destruída.
A fonte da minha alegria secou.
Você se foi e ficou apenas um grande nada.
Onde irei encontrar o apoio que encontrava nos teus braços?
O calor que buscava, sôfrega, nos teus beijos?
A serenidade que encontrava no teu olhar?
Vale mesmo a pena viver sem teu amor?
Apenas as minhas convicções espirituais ainda me mantem presa a esta terra...
Vou ter que reaprender tudo: a respirar, a andar, a falar, a me movimentar.
Porque você era o meu estímulo para a vida.
Você está longe, fora do meu alcance.
Há uma porta fechada entre nós, que se abre apenas do teu lado.
Só você tem a chave, e eu pressinto que você a jogou longe.
A porta não vai abrir, mesmo que eu queira.
Você se afastou e eu terei que respeitar isso.
A vida vai continuar. A tristeza também. O amor que sinto por você vai sobreviver, ainda que envolto nas brumas do tempo.
Talvez a alegria ainda volte pra me fazer companhia, não sei...
Mas o amor... acho que nunca conseguirei amar mais ninguém. Não tanto quanto eu te amei.
Quem sabe eu deva mesmo ficar encarcerada no meu mundinho particular. Pelo menos ninguém vai mais se machucar com as minhas atitudes impensadas, frenéticas, insanas.
Eu estou doente... Muito doente.
A cura pode demorar toda uma vida, ainda não tenho certeza.
Por isso o melhor mesmo a fazer é me afastar das pessoas, como são afastados os loucos e os criminosos.
Os loucos vão para um sanatório, os criminosos numa cela de prisão.
Eu sou louca e criminosa, então me encarcerarei dentro das minhas paredes, pra que nada passe para o exterior. Não atinja nada nem ninguém.
Até um dia quando tiver rompido as algemas do meu descontrole emocional, do meu ciúme doentio, da minha possessividade, do meu egoísmo.
E então, quem sabe, vou conseguir olhar nos teus olhos sem sentir vergonha ou medo.
Amada, perdão por tudo!
Mas eu mesma criei essa prisão para mim, sou o meu próprio juiz e carrasco.
Apenas quando eu puder me perdoar, vou conseguir ser feliz.
Mas agora são apenas lágrimas e pesares que corroem a minha alma.
Eu queria que pelo menos você pudesse ser feliz, apesar de todo o mal que te causei.
Quero imaginar você sorrindo, amando e sendo amada, como você merece.
Isso diminuiria a dor que sinto.
Que Deus te ampare, para todo o sempre!
(SUELI CURRIEL)



sexta-feira, 28 de setembro de 2012

O TEMPO PASSA...




Sempre que nos defrontamos com a dor a coisa mais comum que nos dizem é: com o tempo passa. O tempo apaga as marcas, cura feridas, estanca o sangramento.
Mas passar o tempo, oh, meu Deus! Quanto ele se arrasta! Miseravelmente lento.
E você é arrastado junto, e vai sentindo o martelar das horas no seu ouvido, o dilacerar dos minutos no seu coração.
Dia a dia, sentindo a dor, interrogando a consciência, procurando um sentido num imenso vazio...
Claro que o tempo passa, eu concordo plenamente.
E é verdade que a dor vai diminuindo. Mas eu sinto que é como se cada dia pingasse uma gota de serenidade num mar de angústia.
Quanto tempo será que ainda vai durar? Quantas gotas serão necessárias pra pelo menos suavizar esse sofrimento?
Não sei, mas eu tento viver, um dia de cada vez, sem muitas esperanças mas sem me deixar abater totalmente.
Procuro realizar as tarefas diárias, mas sem entusiasmo...
Tudo parece em tons de cinza, sem cor, sem vida, sem movimento.
Nada parece me comover, nem mesmo uma bela música, ou o cintilar das estrelas no céu, ou o resplendor da lua cheia, o cantar dos pássaros nesse início de primavera.
Nem mesmo a chuva que caiu abundantemente nos últimos dias me trouxe alegria, e eu que amo a chuva...
Está faltando algo fundamental, algo que se foi, que partiu e me deixou à mercê da minha própria insanidade.
Falta um doce olhar, uma mão suave tocando a minha, uma risada que contagiava tudo à sua volta.
Ah, minha doce amada! Quanta falta você me faz!
Minha vida perdeu a cor, perdeu o brilho, perdeu o calor.
Sei que nada vai poder modificar o que foi feito.
Nem rogativas de perdão, nem desculpas mil, nada disso vai alterar o que eu fiz.
Mas eu fiz, magoei, machuquei, feri. Fui cruel e perversa.
E eu vou ter que aprender a me perdoar. Por tudo.
Venho tentando luarizar a minha alma, através da prece, da meditação e questionamentos íntimos.
Estou buscando a minha cura, o reequilíbrio da minha serenidade e paz interior.
Um dia, em qualquer lugar da linha do tempo eterno, iremos nos reajustar.
O amor, sim, esse cura qualquer coisa.
E vamos nos harmonizar através desse sentimento sublime, o amor.
Agora eu só peço ao Eterno Pai que te conceda paz e serenidade, alegria e entusiamo de viver.
Pois se eu te souber feliz, também conseguirei viver bem.
Fique em paz, e até algum dia...
(SUELI CURRIEL)













sábado, 22 de setembro de 2012

ADEUS... 2



Então vou vivendo assim, um dia de cada vez, empurrando as horas, suportando os minutos...
A porta está fechada, não adianta esmurrar, gritar, você não vai mais abrir.
Não sei o que há do outro lado, não sei como você está, o que pensa, o que sente, o que sofre...
Nem tampouco você sabe de mim, porque eu sei que a porta não vai mesmo abrir, nunca mais...
Ficou tanta coisa por dizer, tantas perguntas sem respostas, tantas conclusões inconclusas.
Num dia era o amor verdadeiro, no outro eu me tornei a inimiga número um.
Você se foi, nem se despediu direito, nem me olhou direito nos olhos.
Não enxergou a dor, o choque, o sofrimento sem fim.
Eu gritei, esperneei, gemi, chorei, solucei.
Horas tormentosas se seguiram.
Tomei atitudes que não deveria ter tomado, cega pela ira, sem pensar em consequências.
Mas o que ficou disso foi apenas uma sensação de abandono, um vazio muito grande, um nada que nada nem ninguém consegue preencher.
Ando às tontas, hebetada pelos medicamentos, insone, fraca, consumida pela angústia.
Não  há mais feedback. Você cortou os canais de comunicação.
Não sei se lerá isto, talvez sim, talvez não.
Mas quero que saiba que daria tudo pra que nada tivesse acontecido da forma que aconteceu.
Que eu vou respeitar o teu silêncio e o teu afastamento, como aliás você respeitou o meu silêncio e isolamento há vinte e seis anos atrás.
Que não importa o que aconteceu, eu te perdoo por tudo e espero que também me perdoe pelas minhas atitudes insanas.
Que eu não tenho um botão de liga-desliga o amor.
Que ele ainda está dentro de mim e somente com o tempo vou conseguir te esquecer, deixar de te amar.
Que, apesar de tudo, vai ficar uma boa lembrança de tudo o que vivemos em tão pouco tempo.
E, finalmente, que um dia vou te aguardar nos portais da Eternidade, onde poderemos nos entender e nos harmonizar.
Sinto muito por tudo! Espero que você seja feliz com as tuas escolhas e tente se perdoar também por tudo.
Somos seres imperfeitos e falíveis, temos o direito de errar. E teremos infinitas oportunidades de reparar todo o mal que houvermos perpetrado contra o nosso próximo.
Fica bem e tente se lembrar de mim sem raiva no coração.
Até um dia... meu doce bem!
(SUELI CURRIEL)







segunda-feira, 17 de setembro de 2012

NÓS... SERÁ?




Nenhuma palavra foi dita entre nós.
Nenhum olhar foi trocado...
Nenhum toque, nem mesmo acidental.
No entanto,  existe algo, impalpável, insubstancial, inominável entre nós.
Eu quase posso te sentir atrás da minha porta, apenas esperando um convite para entrar.
E fazer uma bagunça na minha ordem e trazer um pouco de ordem ao meu caos...
Você está ai?  Mesmo? De verdade?
Ou é apenas um delírio de minha mente tresloucada?
Se for, então por que esse formigamento que sinto no corpo todo quando te pressinto tão perto?
Por que esse "frisson" borbulhando na minha alma quando fantasio nosso encontro?
Por que sinto essa ponte ligando os nossos "eus"?
Por que essa saudade quanto te sinto distante?
Por que essa vontade de te envolver, te seduzir, te trazer para dentro do meu coração, da minha vida?
Será que devo escancarar aquela porta e permitir que você adentre?
Ou será que devo acordar desse sonho (pesadelo) que mina as minhas reservas de energia?
Em todo caso, vou continuar sonhando, almejando, desejando você...
Ainda que não seja, que não aconteça...
Sonhar não custa nada!
(SUELI CURRIEL)

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

DÚVIDAS...



Minha mente está um turbilhão.
Pensamentos desencontrados, soltos, sem nexo.
Não acho o fio da meada. Não encontro as respostas para as perguntas que assaltam minha alma.
Por que? Por que? Por que?
Não entendo nada do que aconteceu.
Sinto-me no olho do furacão.
Sentimentos diversos perturbam o meu espírito.
Às vezes penso que verdadeiramente você nunca me amou.
Talvez até tenha achado que sim, mas acho que foi uma ilusão.
Você me idealizou muito tempo e quando me encontrou achou que era amor. Mas não era.
Porque amor supera qualquer obstáculo.
Contorna qualquer dificuldade.
Salta qualquer abismo.
Mas você se deteve na primeira situação em que foi exigida um posição tua.
E você optou por aquilo que é mais confortável, mais tranquilo, sem que mexa muito com a tua vida.
Então você resolveu me deixar.
Então não era amor.
Não, acho que não.
O amor não opta pelo mais conveniente. Ele escolhe apenas aquilo que satisfaça plenamente o coração.
Você fechou todas as portas para mim, Deixou-me com as interrogações e dúvidas.
Eu apenas posso fazer conjeturas. Acho que isso, acho que aquilo. Mas nunca gostei mesmo de achismo.
Eu quero respostas diretas, francas e verdadeiras.
Mas vou ter que me contentar com o teu silêncio. A tua ausência. O teu desamor.
Talvez um dia o futuro me traga todas as respostas que necessito.
Então irei entender porque no lugar onde antes encontrava um olhar doce passei a encontrar um olhar frio.
(SUELI CURRIEL)

terça-feira, 11 de setembro de 2012

LUTO



Luto... Engraçado como pensamos logo em morte de alguém muito querido. Mas na realidade o luto envolve qualquer perda muito significativa para nós.
No meu caso foi a perda de um grande amor. Um amor intenso mas que durou tão pouco tempo. Menos de um ano. Mas foi suficiente pra deixar marcas indeléveis na minha alma.
E a ruptura desse amor foi a pior coisa que jamais me aconteceu. Algo que eu nunca havia sentido.
Senti como se o coração estivesse sendo estraçalhado em milhões de pedaços e colocado de volta no lugar.
Fiquei sem ar, sem chão, sem apoio. Senti-me enlouquecer. Fui ao inferno e voltei, e tornei a ir e voltei...
Nada nesse momento te consola. Nem o carinho de um familiar, nem uma palavra amiga, você se entope de medicamento e não faz nenhum efeito.
É um momento delicadíssimo, onde você sente todas as fibras do seu ser serem dilaceradas. Você se sente morrendo um pouco de cada vez.
Mas como tudo na vida, isso também passa. Então chega o momento de enterrar o "morto". Varrer as lembranças, limpar armários e gavetas. Não deve ficar nada que nos remeta aquela pessoa.  Uma faxina geral.
Aí estaremos prontos para uma nova vida, novas experiências, novos amores.
Porque a vida é uma constante. Não há solução de continuidade.
O show deve prosseguir. O coração exige continuar amando, se entregando, sem reservas, sem medos.
Uma experiência que não deu certo não nos deve paralisar.
Há muitos corações no mundo querendo ser tocados com o nosso coração. A vida assim o exige!
E eu espero encontrar alguém que possa comigo partilhar bons e maus momentos. Que me faça sorrir e me traga um raio de sol nesta minha vida que, neste preciso momento, está tão nublado.
Que assim possa ser!
(SUELI CURRIEL)

sábado, 1 de setembro de 2012

NOITE DE AMOR



Lua azul... Cheia, brilhante, linda.
E os teus olhos refletindo ela.
Doces, ternos, apaixonados.
Tua boca um abismo.
Eu me jogo, sem medo, sem hesitar.
O beijo nos consome, e nos entrelaçamos nessa paixão voraz.
Noite quente, nem sequer uma brisa sopra.
Nossos corpos suados unidos pelo intenso desejo.
Meus dedos percorrem teus contornos.
Quero te decorar, pra nunca mais te esquecer.
Você tem gosto de maresia...
Quero naufragar nas tuas ondas.
E, docemente, morrer de prazer.
(SUELI CURRIEL)

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