quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

FELIZ ANO NOVO! TCHAU ANO VELHO!



O ano está findando... Tchau ano velho! Já vai tarde.
Agora é esperar pelo novo. Novo ano, novas esperanças, novos planos, novas perspectivas.
Um sopro de brisa fresca em nossas almas. Que 2012 revigore nossas energias já tão gastas nesse ano que já deu o que tinha que dar.
Promessas, muitas promessas. Projetos, planejamentos, ano novo, vida nova, novos amores, novos sonhos.
Isso tudo traz um novo alento ás nossas tão cansadas almas. Cansadas de lutar, de esperar, de brigar, de espernear.
Um ano é muito tempo? Ou é pouco tempo? Depende...
Muito tempo para sofrer, pouco tempo para ser feliz.
Doze meses, cinquenta e duas semanas, trezentos e sessenta e cinco dias.
Podemos usar esse tempo para modificar um tanto de coisas que achamos erradas em nossas vidas.
Podemos utilizá-lo para sair em busca de um novo emprego, de um novo projeto de vida, um novo amor...
Usarmos esse tantão de tempo para criarmos juízo ou adquirirmos algumas virtudes, ou pelo menos um esboço delas.
Ou podemos simplesmente ficarmos a ver os dias passarem, calmos e preguiçosos, sem nos renovarmos, sem nos preocuparmos com nada. Deixar passar a vida (ou o ano) em brancas nuvens.
É sempre uma questão de escolha. Nós somos os arquitetos do nosso destino.
Das nossas escolhas dependerá como será esse ano que vem chegando de mansinho.
Talvez, se optarmos por bons caminhos, no final do ano nem queiramos que o ano vá embora.
Não estaremos querendo chutar o ano velho. Apenas nos despediremos dele com alegria e gratidão.
E querendo que o ano seguinte seja tão bom (ou melhor) que o ano velho.
Seja qual for a sua escolha, não esqueça de comemorar a chegada no novo ano com alegria e otimismo, tentando deixar para trás tudo aquilo que foi ruim em sua vida.
E ainda que pareça curto, e que acabe, eu te prometo, existe vida depois que soar a última badalada do ano velho!
(SUELI CURRIEL)

sábado, 17 de dezembro de 2011

FIEL, SER OU NÃO SER, EIS A QUESTÃO.




Fiquei pensando seriamente numa frase que me disseram hoje:
"Você tem que ser mais flexível em um relacionamento senão fica difícil a convivência."
Então está certo. Mas vamos em primeiro lugar definir o que é ser flexível.
Pelo que consta, ser flexível é aceitar algumas coisas que ás vezes ou quase sempre, não concordamos. Então relevamos, ou fazemos de conta que não vimos, ou que isso não nos perturba, apenas pra não haver atritos desnecessários.
Isso eu concordo. Acho mesmo que num relacionamento maduro os envolvidos devem tolerar determinadas diferenças, compreender certas limitações no outro.
Às vezes um dos parceiros gosta de dormir cedo, o outro gosta de ir bem mais tarde.
Um é superorganizado, o outro é bagunceiro.
Um começa a apertar o tubo de creme dental lá na pontinha, o outro prefere apertar logo no meio.
Alguns gostam de sair, outros não. Uns gostam de assistir televisão, o outro detesta.
Um adora futebol, o outro odeia.
Enfim, milhares de pequenas diferenças que acabam por enriquecer a vida em comum.
Mas... Acontece que quando essa frase foi dita estávamos falando de algo um tanto mais sério: traição, lealdade, fidelidade.
Então alguém faz o favor de me esclarecer, como se pode ser flexível com um assunto deste?
Quando se fala em amor, isso pressupõe algo muito básico como o respeito. E quem respeita o outro, não comete nenhum ato de traição.
Quem ama verdadeiramente, não vai jamais cogitar em olhar pra outra pessoa com segundas, terceiras ou quintas intenções. Muito menos cometer o ato mais vil de todos: a infidelidade.
Que amor é esse? No coração de quem ama realmente não há lugar pra mais ninguém. Mesmo que seja para uma simples conjunção sexual.
Porque acreditar que apenas transar com uma terceira pessoa não significa traição é banalizar demais uma coisa tão maravilhosa como o sexo.
Então eu acredito sim, que sou inflexível nesse assunto, que endureço muito.
Numa relação de amor não cabe um ato tão escabroso como uma traição.
E o que eu não quero pra mim, também não acho justo fazer com o outro.
Compartilhar, ah, esse eu deixo para o Facebook. Lá você pode compartilhar o que quiser, com quem desejar.
Numa relação a dois não há espaço pra mais ninguém, ninguém mesmo.
E, sinceramente, não gosto muito do número três, odeio triângulo, prefiro muito mais duas linhas paralelas, caminhando lado a lado.
E se tiver que ser flexível a ponto de aceitar uma deslealdade, prefiro ficar solitária o resto da vida.
Porque amor-próprio também faz bem pra pele. Como dizia um antigo ditado:
"Antes só do que mal acompanhada!"
(SUELI CURRIEL)



sábado, 1 de outubro de 2011

REENCONTRO...



Acordo... O quarto está às escuras.
Através da janela aberta consigo ver uma nesga de céu, aveludado e pontilhado de estrelas.
Percebo duas estrelas, brilhantes e muito próximas. Parecem seus olhos, mas não são.
Fecho os meus próprios olhos e me pego a sonhar com você.
Lembra, de quando tudo começou?  Magia é a palavra certa. Foi mágico, surpreendente!
Em um momento éramos dois indivíduos, cada um com sua história. No outro, em seguida, nos tornamos apenas um. Apenas um corpo e uma mente, ligados pelo desejo de nos tornarmos um só coração.
Rolo na cama, as lembranças me deixam com um sabor de saudade.
Saudade daqueles dias, tão doces e belos.
Uma saudade tão grande, que me impulsiona a te resgatar das brumas do passado.
E você retorna, e novamente nossas almas se tocam.
Eu posso novamente mergulhar os meus olhos nos poços escuros dos seus olhos.
E não quero sair de lá, nunca mais.
Quero me perder neles, sem esperança de ser resgatada.
Quero ficar para sempre emaranhada no cipoal do seu amor.
Lá fora ainda é noite, mas não demora muito vai chegar o dia, vibrante e colorido.
Aquelas duas estrelas ainda me fitam. Sim, são os seus ternos olhos, a vigiar o meu sono, para que nada o perturbe.
Sinto uma desmesurada paz, meus olhos vão se fechando lentamente, então adormeço...
(SUELI CURRIEL)

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Saudades...


Por que a amargura toma-me por vezes?
Ainda que o sol brilhe lá fora, sinto-me mergulhada nas sombras do desespero.
As lágrimas toldam-me os olhos, escorrem pelo meu rosto. Sinto o gosto salgado delas.
Abro a janela e o vento vem sussurrar uma doce canção de amor. Olho o jardim: as árvores estão despindo suas folhas. É outono! Tempo de se preparar para um longo inverno.
Não há mais sementes de esperança armazenadas nos refolhos da minha alma.
Tudo parece crestado, seco, desolado...
Que saudades dos dias brilhantes da primavera! Quando a natureza fazia a festa nas flores coloridas. E a música  dominante era o alarido dos passarinhos namorando nos ninhos.
Saudade da chuva caindo no telhado, inundando a terra e o regato.
Saudade de quando o meu coração abrigava a tua doce presença.
E o teu sorriso inundava de esperança minha vida.
E os dias passavam céleres, mas felizes.
Mas um dia você se foi e carregou consigo todo o sentido de viver.
A vida nos separou, a mesma que um dia nos uniu.
Você está longe. Longe dos meus olhos e do  meu coração.
Onde você está? Por quais estradas tem trilhado todo esse tempo?
Será que também não sente saudades daqueles dias embriagados de amor?
Por que não volta para os meus braços carentes de você?
Se estiver me ouvindo, responda, meu amor!
Vamos reconstruir o nosso antigo abrigo. Abrigo de paz e quietude.
Onde o único som é o bater ritmado e uníssono de nossos corações.
Eu te amo...
(SUELI CURRIEL)

terça-feira, 21 de junho de 2011

Atiraste uma pedra!




Em algum lugar, nessa grande estrada que é a vida, vamos encontrar as pedras que atiramos a esmo em algum momento que ficou para trás.
As pedras estarão lá, nos aguardando. Vamos ter que dar conta delas. E elas, com toda certeza, vão nos incomodar. Mas elas são nossas, fomos nós que as atiramos, devemos recolhê-las e dar um destino correto a elas.
Sabe a expressão: uma pedra no sapato? É bem por aí. No sapato, ou formando um galo na nossa testa, ou esfacelando nosso coração, não sei.
O que sei é que vamos ter que dar conta delas... Também, quem mandou jogá-las!
Podemos até parar a nossa caminhada por essa estrada. Mas nunca conseguiremos prosseguir sem toparmos com as pedras da nossa irresponsabilidade, do nosso desamor, da nossa indiferença, do nosso orgulho e egoísmo. Não há como ir adiante.
Talvez tenhamos que recolher todas as pedras e erigir um edifício. Talvez um templo sagrado, onde habite o amor, a paz, a compreensão, a solidariedade e a humildade.
Tudo aquilo que ainda não conseguimos construir dentro de nós. E que jamais construiremos se não nos dispusermos a arrancar as pedras do caminho, ainda que com isso machuquemos nossas mãos, pés e coração.
Quando tivermos concluído essa tão ingrata mas necessária tarefa, talvez  possamos voltar a caminhar.
E nessa nova etapa da nossa jornada, talvez troquemos as malfadadas pedras por flores.
Vamos atapetar o nosso caminho de belas e perfumadas e coloridas flores. Para iluminar nosso caminho e o daqueles que estiverem na retaguarda.
E à medida que formos por essa estrada florida, o caminho deixará de ser horizontal e a passará a vertical, e iniciaremos a conquista do nosso glorioso destino, onde poderemos caminhar lado a lado com os anjos.
Que assim seja!
(SUELI CURRIEL)

quinta-feira, 16 de junho de 2011

A vida e o ser



Quanto mais o tempo passa mais eu me conscientizo da minha insignificância diante da profunda amplidão da vida e do universo.
Sinto-me algo menos que um grão de poeira... Um nada ao sabor do infinito.
E  nesses momentos fico pensando como nos apegamos a mesquinharias, como sofremos por tão pouco.
A vida seria muito mais saborosa e doce se nos lembrássemos sempre da nossa pequenez diante da grandiosidade dela.
Há quem diga que a existência é apenas um piscar de olhos na eternidade. Concordo plenamente.
Acredito que não deveríamos nos ater aos problemas insignificantes que tanto nos atormentam. Eles passarão, assim como a existência , muito rapidamente.
O que torna a vida produtiva é a busca incessante por tudo aquilo que nos torna melhores e ajuda a melhorar o mundo em que vivemos.
Há tanto o que se fazer, em tantas áreas, em tantos lugares, que não dá pra simplesmente cruzarmos os braços e alegar cansaço, ou falta de tempo, ou até mesmo desinteresse.
Pode até não parecer, mas um pequeno gesto de bondade que praticamos no dia-a-dia faz desse mundo um lugar melhor para se viver.
Plantar uma árvore vai ajudar a reduzir o  problema do aquecimento global.
Alimentar uma criança faminta, uma vez que seja, vai diminuir a fome no mundo.
Cultivar um sorriso vai contribuir  para trazer alegria à vida de todos.
São pequenos gestos, apenas singelas atitudes, que vai trazer um pouco de paz ao atual mundo tão sofrido.
Não são necessários gestos heróicos, nem aparecer na mídia. Basta apenas um pouco de boa-vontade.
Talvez você possa começar nesse mesmo instante, concedendo um olhar de ternura para alguém do seu lado, ou visitar seu vizinho doente, ou procurar aquele velho amigo pra dizer a ele o quanto você lhe quer bem.
Somente assim, agindo desse modo, conseguiremos nos tornar um pouco mais significativos diante de  tanta grandeza: a vida, o universo, Deus...
(SUELI CURRIEL)

quarta-feira, 1 de junho de 2011

VIAJANDO A VIDA

Estava ainda escuro quando embarquei no trem. Acomodei-me no melhor lugar, junto à janela, depois de ter ajeitado minha bagagem. Logo em seguida o trem se pôs em movimento, primeiro vagarosamente, para então, logo após, ganhar uma razoável velocidade.
Estava um tanto sonolenta, dei uma boa cochilada, e acordei com muita fome.
Lá fora o sol estava no zênite. Era outono e a paisagem estava esmaecida, a vegetação ressequida, a poeira se levantando do chão ao sabor do vento...
Olhei ao redor, para as pessoas presentes no vagão. Algumas simpáticas, outras completamente indiferentes, mas não conhecia nenhuma.
Resolvi  fixar o meu olhar do lado de fora, atenta aos menores detalhes, admirada das coisas novas que passavem velozmente diante dos meus olhos.
Árvores de formato estranho, animais que miravam curiosos o trem que passava, logo ali um lago de águas cristalinas, uma pontezinha sobre um riacho, um agrupamento de casas acolá, um cavalo pastando solitário...
O dia correu célere e eu aguardava, ansiosa, pelo meu destino final, quando poderia desembarcar.
O trem fez algumas paradas e alguns passageiros desceram, outros subiram e foram se acomodando em seus lugares.
E a viagem prosseguiu, e o tempo foi passando, passando...
Fui me acostumando com o lugar onde estava, com as pessoas, embora elas fossem se alternando à medida que o trem fazia suas paradas.
Nunca senti vontade de descer em nenhuma estação, nenhuma curiosidade de conhecer novos lugares e pessoas. Apenas olhava de longe, pela janela do vagão.
Os dias foram se sucedendo às noites, e estas davam lugar novamente aos dias, alguns ensolarados, outros nublados e tristes.
A viagem foi se arrastando penosamente, nunca chegava à estação em que eu desembarcaria. Sentia-me cansada, sem vigor, sem ânimo.
Comecei a me sentir mal, sem conseguir respirar. Assustei-me com o meu reflexo no vidro da janela. Estava com o rosto todo vincado, sem brilho, os cabelos totalmente brancos, as costas encurvadas, as mãos trêmulas...
Quando havia chegado a velhice, que eu nem havia reparado?
Onde gastara os meus anos, a minha juventude, as minhas forças?  Por que não aproveitara os melhores anos de minha vida para tentar conquistar boas coisas, realizar meus sonhos?
Por que havia desperdiçado minhas horas sem nada melhor do que fazer a não ser olhar a vida correr "lá fora"?
Agora estava completamente só, o vagão totalmente vazio...
O trem apitou uma última vez... Era a derradeira estação.
Ajeitei as poucas bagagens, dei uma olhada no vagão e desci.
O nome do lugar era Esperança... Fui caminhando lentamente, enquanto ao longe divisei o vulto de alguém se aproximando. Uma figura luminosa, toda vestida de branco, com um sorriso nos lábios e os braços estendidos: era minha mãe!
(SUELI CURRIEL)

terça-feira, 22 de março de 2011

UNIVERSO SEM LUZ

Ah! Minha doce estrela! Hoje você se apartou do meu universo, e foi esparramar o seu rastro de luz longe de mim. Minha pequena, minha doce estrela, te vi partindo e não pude te deter. Afinal, eu já sabia que você só permaneceria ao meu lado por apenas um breve período de tempo. O fazedor de estrelas já havia me avisado, sussurrara em meus ouvidos: "um dia ela há de partir!".
Agora não mais poderei iluminar os cantos escuros da minha alma com a tua presença de luz. Não mais ouvirei o teu riso alegre suavizando as minhas horas cansadas.
Não mais o teu largo abraço, o teu beijo molhado, o teu corpo quente e macio povoando de encanto as minhas noites sem fim...
Você se foi... Em minhas mãos ficou a poeira de luz do teu adeus. E você foi, devagarinho, bem de mansinho, se perdendo na imensidão do Universo, até se tornar apenas um ponto de luz.
Essa luz é que vai iluminar agora as  minhas noites, sempre que não houver nuvens e o céu for um manto negro e aveludado.
E você estará lá, me acenando em reconhecimento. E me perguntará dos meus dias, dos meus sonhos, das minhas desilusões...
E eu te direi que a vida prossegue, afinal. Um pouco sem cor, um pouco sem luz, mas enfim, sempre vida.
E conversaremos até o amanhecer, quando a estrela solar lançar os seus raios sobre a Terra. E você iluminará outros cantos do universo, outras vidas, outras almas, levando alegria e espalhando essa luz que jorra abundantemente do seu íntimo.
Até o anoitecer, minha doce estrela!
(SUELI CURRIEL)

sexta-feira, 11 de março de 2011

TRABALHO, O BOM AMIGO DE SEMPRE



Depois de tantos dias de folia e carnaval, é hora de voltar à rotina. Se bem que eu passei hoje no supermercado e lá estavam, vistosos e convidativos, os ovos de Páscoa.
Ou seja, já tem muita gente preparando mais uma festa, mais um feriadão, que por acaso esse ano, por causa do dia de Tiradentes, vai ser mais longo ainda.
É inacreditável a facilidade que o homem tem de achar motivo para festejar. É Natal, Ano-Novo, Carnaval, Páscoa, aniversário, casamento, formatura, nascimento e morte.
É como se a vida fosse uma eterna comemoração... E bebemoração também.
As pessoas vivem em função do próximo feriado, da próxima festa.
E nem acabam se dando conta da beleza dos dias comuns, aqueles em que não há festas, nem comilança, nem bebedeira.
Aqueles dias tranquilos, do acordar cedo, pegar no batente, pegar ônibus cheio, fila de banco, chefe mal-humorado, colega com cara de poucos amigos, salário apertado, e as contas se avolumando.
Como são deliciosos esses dias mornos e entediantes.  Quão confortáveis eles são.
Como a vida seria bem mais chata se todos os dias fossem feriados e festivos.
Porque é justamente nesses dias "normais" que as coisas realmente acontecem, que nos sentimos fazendo parte da vida real, de um plano diretor, no qual o Diretor está além do alcance dos nossos sentidos físicos.
Porque é nesses dias que nos enriquecemos, que crescemos como seres humanos, que aprendemos a lidar com as mais diversas situações.
Ah, como é bom voltar pra casa, com o corpo moído de cansaço, abrir a porta da sala e ser recepcionado pelo seu cachorro, sua família, sua televisão de quarenta e duas polegadas. Se esticar no sofá e se deliciar com o fazer nada, coisa nenhuma. Só descansar... e descansar mais um pouco.
E que felicidade quando a sexta-feira termina e você antegoza a delícia de um fim-de-semana, cheio de sol, praia, futebol, cerveja e muita farra.
Mas o melhor mesmo é acordar cedo na segunda-feira, retornar ao trabalho e a mais uma semana de atividades que tornam a nossa vida muito mais produtiva.
Ah, trabalho, abençoado trabalho! Que Deus permita que ele não nos falte, que realmente a vida seja um eterno corre-corre, uma prazerosa canseira.
Afinal, o que nos torna diferente dos animais é a nossa capacidade de produzir, de administrar as nossas riquezas e construir um mundo melhor.
Lembrando o que Jesus disse: "Meu Pai trabalha até hoje e eu trabalho também".
(SUELI CURRIEL)

quinta-feira, 10 de março de 2011

SAUDADE

Faz muito tempo que não ouço o teu riso cristalino ecoando entre as paredes do meu castelo.
Faz muito tempo que não sinto o teu perfume suave deixando um rastro nesses corredores vazios.
Faz muito tempo que  não vejo a tua figura transfigurada em luz, ocupando cada centímetro quadrado desse lugar.
Faz muito, muito tempo que não sinto o calor da tua pele roçando a minha, descuidada, ao passar por mim...
Faz tanto tempo que não te sinto presente e a tua ausência corrói a minha alma, perdida em abandono.
Faz tanto tempo que você se foi, perdendo-se na bruma fria de uma noite de Julho.
E desde então... O inverno tem se prolongado, eterno e entediante.
Não mais o sol do teu sorriso, não mais a luz do teu olhar, não mais o calor do teu beijo.
As noites agora são longas sem o teu corpo a aquecer o meu. O meu leito se tornou frio, a lareira da paixão não voltou a ser acesa em meu quarto.
No meio da noite ainda escuto o eco do teu ressonar suave, mas quando tateio os lençóis buscando tua presença, só encontro vazio e solidão.
Ah! Por que tudo terminou assim, por que a felicidade não é infinita, por que o amor  não é para todo o sempre, como nos contos de fada?
Por que a minha vida tinha que se entrelaçar na tua, o meu caminho cruzar com o teu?
Por que provar de tão doce mel, se o que restou em minha boca é o mais amargo fel?
Ah, Deus, por que não posso ter a minha amada de volta, enlaçá-la e cobri-la de afagos?
Por que devo sofrer, desesperada e só, sem uma só esperança a iluminar os meus dias na Terra?
Mas, Senhor, eu ainda assim espero, sempre espero. Que ela volte e me faça a mais feliz criatura do Universo.
E que os Anjos digam: Amém!
(SUELI CURRIEL)

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

ÁGUAS DE MARÇO


Amanhã é o primeiro dia do mês de Março. O mês das águas. Vendo tanta reportagem na televisão sobre enchentes, inundações, etc e tal, fico pensando, cá com os meus botões, como o homem tem dificuldade de lidar com situações as quais não consegue mudar.
Ninguém que eu conheça, nesse mundo pelo menos, tem o poder de sair no meio de um temporal e gritar para os céus: Para de chover! e isso realmente acontecer.
Você conhece alguém assim? Se conhecer, por favor, quero o número do telefone.
Mas, brincadeiras à parte, se a humanidade tivesse esse poder, imagina o caos! Ia ser um tal de chove, faz sol, faz frio, tudo ao mesmo tempo. Ninguém ia se entender.
É claro que muita chuva atrapalha, não chover nada é ruim, calor em demasia irrita, frio extremo não ajuda em nada.
O problema é que o homem nunca está totalmente satisfeito: se chove, ele reclama porque quer ir à praia, quer sair de casa...
Se faz muito calor ele fica xingando e querendo que faça frio...
Se faz frio ele implora por um solzinho pra se aquecer...
Enfim, o ser humano não sabe lidar com essas situações. Se ele não consegue intervir diretamente, então ele fica totalmente infeliz.
E não é somente em questões de clima, é em qualquer circunstância onde a sua vontade não pode prevalecer.
Daí meditarmos seriamente se não chegou a hora de aprendermos a aceitar algumas coisas que estão além do nosso controle. Sabermos o momento de abaixar a cabeça e reconhecermos que acima de tudo, paira uma Vontade Maior, que controla tudo no Universo em que vivemos.
Se fizermos isso, com toda certeza seremos mais felizes, porque não é muito produtivo nadarmos contra a corrente.
Se você estiver pensando em ir à praia e começar a chover, não reclame. Mude de atitude! Aproveite a oportunidade para colocar a leitura em dia ou responder seus emails.
E se parar de chover e ainda der tempo de pegar um solzinho, então corra e vá ser feliz!
Só não vale ficar se lamentando por algo que você não pode mudar.
 E vá se preparando: Março ainda mal começou, ainda vai despejar muita água lá de cima.
Afinal: "São as Águas de Março fechando o verão, é promessa de vida no meu coração..."
(SUELI CURRIEL)

sábado, 26 de fevereiro de 2011

AMOR PACÍFICO E FECUNDO!


Não quero amor que não saiba dominar-se,
desse, como vinho espumante,
que parte o copo e se entorna,
perdido num instante.

Dá-me esse amor fresco e puro como a tua chuva,
que abençoa a terra sequiosa,
e enche as talhas do lar.

Amor que penetre até o centro da vida,
e dali se estenda como seiva invisível,
até os ramos da árvore da existência,
e faça nascer
as flores e os frutos.
Dá-me esse amor que conserva tranquilo o coração,
na plenitude da paz!

Rabindranath Tagore

AMIGAS PARA SEMPRE

Você foi entrando na minha vida, tão de mansinho, que quase nem percebi. Aos poucos foi se apossando do meu ser, dos meus sentimentos, trazendo claridade onde antes só existiam trevas.
Quando a esperança, que é a derradeira que morre, ia se partindo, você chegou. Tomou conta das minhas horas, antes tão vazias, sem sentido.
Você se tornou minha companheira inseparável, fez-se indispensável.
Não conseguia fazer mais nada sem que você estivesse presente. Dia e noite estávamos juntas.
Você me acompanhava nas leituras, nas sessões de cinema, na ópera e no ballet.
Corríamos juntas pelas campinas verdejantes, o sol brilhando em meus cabelos, o vento refrescando minha pele. E você lá, segurando a minha mão, sussurando versos de um lirismo sem fim...
Quantas promessas que a tua simples presença prenunciava. Os meus olhos brilhavam, a minha boca sempre sorrindo.
Quanto a minha vida mudou desde então. Hoje posso dizer que não saberia viver sem você.
Eu desejo que você permaneça sempre ao meu lado, enchendo os meus dias de paz...
Agora estamos aqui, deitadas lado a lado, em meu leito. Estou plena e saciada de você.
Afundo a cabeça no travesseiro murmurando o teu doce nome: Tranquilidade!
(SUELI CURRIEL)

Demorou, mas voltei!

Apesar de ter ficado dez longos dias sem postar nada, eis-me aqui de volta. E morrendo de saudades!!!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

ENCONTRO COM O LAGO



Lá fora a chuva cai torrencialmente. Eu estou aqui, agasalhada dentro da minha solidão, esperando que o barco da esperança lance a âncora no meu cais...
Dentro de mim não há mais que neblina e frio, muito frio.
Olho meu reflexo no vidro da janela e o que vejo? Uma personagem totalmente desconhecida, olhos baços, um vinco na testa, a boca num rictus de sofrimento.
A mente esfervilha com pensamentos totalmente  desencontrados, ora a esperança, brejeira, assoma ligeiramente; ora o pessimismo, com suas garras dilaceradoras, plana acima de tudo.
Uma xícara de chá quente, sorvo aos goles, e ele vai espalhando um agradável calor pelo corpo todo. Um leve torpor vai tomando conta dos meus músculo e minhas  pálpebras vão ficando pesadas.
Os olhos vão se cerrando levemente... Aí o sonho acontece.
Uma estrada longa, cercada de árvores verdejantes. Um dia claro e com céu estonteantemente azul.
Caminho com passos leves quase como se tivesse asas nos pés.
Ao longe avisto um pequeno lago e penso em coisas tranquilas e banais.
Chego próximo ao lago, apanho uma pedra e a atiro sobre a superfície cristalina, fazendo com que a água se movimente em círculos concêntricos.
Abaixo-me e com as mãos em concha recolho um pouco de água fresca e bebo. O líquido vai descendo e refrescando tudo à sua passagem.
Tenho um pensamento de gratidão por esse lago e por tudo à minha volta.
Penso em voltar sobre os meus próprios passos... Vou devagar mas com a alma reconfortada, como se tivesse sorvido alguma poção mágica.
Deparo-me com uma grande árvore, antiga e bela. Sento-me à sua sombra e recosto-me em seu tronco rugoso.
Fecho os olhos e um sorriso delineia os meus lábios.
Acordo... Com uma saudade pungente do lugar, do momento já passado.
Lá fora a chuva não dá trégua... Mas parece que algo dentro da minha intimidade mudou para sempre.
Como se as sombras tivessem sido varridas para fora e a tristeza houvesse sido convertida em uma doce alegria.
Olho novamente meu reflexo na vidraça. Agora vejo a mim mesma, a fronte serena, os olhos brilhantes e um sorriso paira suavemente em meus lábios.
Penso em um nome para o lago dos meus sonhos e consigo encontrar apenas um: JESUS!
(SUELI CURRIEL)


terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A BORBOLETA E A ROSA


Era uma vez... Uma pequena lagarta, dourada, solitária e tristonha. Vivia em um jardim esplendoroso, com muitas árvores, flores mil e uma grama verdinha.
Ela sentia muita fome, uma fome sem tamanho. Comia, comia e parecia que nunca estava satisfeita. A fome sempre ali, a espreitá-la. E ela devorava um sem-número de folhas, tenras e doces.
As flores a encantavam, tanto, tanto, que nunca passara por sua cabecinha a possibilidade de abocanhar qualquer uma delas. Só as folhas faziam parte do seu cardápio diário.
Eram tantas flores, de tantas cores, amarelas, azuis, violetas, laranjas, brancas, rosas e vermelhas.
Apesar de não se atrever a comê-las, ela ia subindo pelas hastes e chegava bem pertinho da flor e sentia o seu delicioso aroma. E desse modo conseguiu até mesmo entabular conversações agradáveis com as belas flores.
Ficou amiga de muitas delas e era um conversar sem fim, o dia todo, enquanto mastigava e mastigava...
Uma bela manhã ela notou algo que chamou sua atenção: era uma encantadora rosa vermelha, que pendia da haste de uma roseira muito alta. Ela ficou absolutamente apaixonada pela rosa. O seu coração palpitava tanto, os seus olhos se encheram de lágrimas e em sua cabecinha ouvia uma canção de amor.
A primeira coisa que quis fazer foi se declarar para a rosa. Subir pelos galhos da roseira até alcançá-la, lá no alto. Foi então que percebeu os espinhos... Uma infinita quantidade deles. Impossível rastejar por tão ingrata estrada.
Subiu numa outra planta, bem próxima da roseira e ficou a contemplar a sua amada.
Estava tímida e receosa. Não se atrevia a chamá-la, não queria perturbá-la na sua majestosa beleza.
Mas a rosa percebeu a presença da lagartinha e disse:
_Olá, criatura singular. Posso ajudá-la em algo? Pois vejo que me olhas com insistência...
A lagartinha, entre trêmula e surpreendida, gaguejou:
_Só estava admirando a sua beleza. Gostaria muito de sentir o seu perfume.
E a rosa:
_ Então por que não vens até aqui? O meu perfume realmente é muito agradável, assim já me disseram.
_ Mas eu não consigo chegar até você, por causa dos espinhos.
_ Oh, que tristeza! Esses espinhos realmente afungentam muitos admiradores.  Ao mesmo tempo que me protegem, causam-me muitos transtornos.
_ Não tem problema! Eu me contentarei em admirá-la e imaginar o seu perfume e o contato macio das suas pétalas.
E assim foi passando o tempo. A lagarta ia crescendo, engordando. Comia compulsivamente e nunca deixava de contemplar a rosa tão amada.
Até que um dia ela sentiu um sono muito intenso e foi recolher-se sob uma folha. Espreguiçou-se e dormiu profundamente. Teve lindos sonhos em que conseguia chegar perto da sua querida rosa.
Um certo dia, claro e brilhante, sentiu uma vontade arrebatadora de passear no jardim e viu-se presa num lugar apertado e escuro. Fez uma força extrema para se libertar e aos poucos foi se desembaraçando daquele casulo.
Foi então que percebeu que havia acontecido uma mudança radical em sua aparência. Aquela lagarta, dourada e roliça, já não existia mais.
Em seu lugar surgiu uma delicada borboleta amarela, com manchas azuis.
Ela movimentou suas asas e sentiu um impulso para o alto. Meu Deus! Ela podia voar! Parecia um milagre e era!
Voou para perto de uma velha amiga, uma doce campânula, que muito lhe fizera companhia no passado.
Perambulou aqui e acolá, toda feliz com a sua nova condição.
Eis que de repente, surge à sua frente a rosa vermelha, o grande amor da sua vida.
Ela, muito ligeira, voa em direção a ela e pousa gentilmente sobre a sua amada. E sente um inebriante perfume, o mais raro perfume que jamais sentiu em sua vida.
E então ela lhe fala do seu amor, da sua admiração, dos seus mais recônditos sonhos.
E a rosa ouve, embevecida e encantada.
Agora, no jardim, só se fala desse encontro tão sublime... Da borboleta e da rosa, antes tão separadas e agora tão unidas.
E embora a vida seja curta, elas viveram felizes para sempre!
(SUELI CURRIEL)

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Amizade


Nos tempos atuais, em que impera a indiferença e o egoísmo, quando você encontra um amigo verdadeiro, pode estar certo: você encontrou um tesouro!
Porque não existe nada melhor que encontrar alguém que nos entenda, nos ouça, nos aconselhe, nos estimule diante dos obstáculos mais difíceis.
É tão bom saber que podemos contar com o amigo em qualquer situação: nas horas tristes e vazias; nos momentos de alegria e euforia. Ele vai estar lá, disponível pra te estender a mão, oferecer o ombro para você desabafar suas mágoas. Enxugar suas lágrimas e te doar um sorriso espontâneo.
O verdadeiro amigo sempre está atento às menores alterações do seu humor. Ele sabe se você está bem ou angustiado. E se oferece sempre pra te ouvir, te ajudar.
E ele nem vai reclamar se você ligar pra ele, no meio da madrugada, solicitando socorro.
Pra ele não é sacrifício nenhum dispor de tempo e paciência... Ele é solido como uma rocha e suave como a pétala de uma flor.
Quando você encontrar um ser assim, não o perca. Guarde-o cuidadosamente numa caixinha muito especial chamada coração. E disponha dele sempre que precisar.
Porque, afinal de contas, fique sabendo: ele é um embaixador a serviço da Bondade Infinita do Criador, que em momento algum desampara suas criaturas. E esse amigo vai cumprir com louvor as tarefas de que foi incumbido, te amparando com ternura e verdadeiro amor.
Como dizia a canção: "Amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito, dentro do coração..."
(SUELI CURRIEL)

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

DEUS


Por que é tão difícil para o ser humano definir Deus?
Será que é por que Ele é indefinível? Ou por que somos microscópicos grãos de areia diante do universo infinito criado por Ele?
Já é difícil imaginar a magnitude do universo, o que dirá do seu Criador?
Bem, seja como for, a criação toda está aí, diante dos nossos maravilhados olhos, e se há uma coisa que todos concordam é que, homem nenhum, por mais inteligente e poderoso que seja, jamais poderia ter engendrado tanta beleza, tanta perfeição.
Os filósofos se perdem em divagações infindas sobre Deus; os cientistas, quase sempre, O negam veementemente; os religiosos O mostram inatingível.
Porém, os simples de coração, na quietude singela de sua fé, conseguem alcançá-lO, senti-lO e amá-lO.
O homem ainda não conseguiu explicar nem a si mesmo, nem seus medos, suas angústias, seus sentimentos mesquinhos, sua estúpida incapacidade de amar seu semelhante e a si mesmo.
E no entanto, segue frustrado na vã tentativa de explicar o Inexplicável, o Absoluto.
É só voltar os nossos olhos ao redor, e conseguiremos enxergar Deus em cada pedacinho da natureza, no céu aveludado de estrelas brilhantes, no sorriso de uma criança, na beleza estonteante do pôr-do-sol...
Deus não se explica, Ele simplesmente é. É o Criador e Pai de todas as criaturas que moram nesse pequeno mundinho chamado Terra. E certamente o Senhor Absoluto de tudo o que se move no Universo.
E, se nesse momento, você, que lê este despretensioso artigo, estiver triste e chateado com algo, feche os olhos, inspire profundamente, aquiete sua mente e seu coração, e vai conseguir sentir o sopro incomensurável do seu Amor, profundo Amor.
(SUELI CURRIEL)

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

NÃO SE MATE






Carlos, sossegue, o amor
é isso que você está vendo:
hoje beija, amanhã não beija,
depois de amanhã é domingo
e segunda-feira ninguém sabe
o que será.

Inútil você resistir
ou mesmo suicidar-se.
Não se mate, oh não se mate,
reserve-se todo para
as bodas que ninguém sabe
quando virão,
se é que virão.

O amor, Carlos, você telúrico,
a noite passou em você,
e os recalques se sublimando,
lá dentro um barulho inefável,
rezas,
vitrolas,
santos que se persignam,
anúncios do melhor sabão,
barulho que ninguém sabe
de quê,
pra quê.

Entretanto você caminha
melancólico e vertical.
Você é a palmeira, você é o grito
que ninguém ouviu no teatro
e as luzes todas se apagam.
O amor no escuro, não, no claro,
é sempre triste, meu filho, Carlos,
mas não diga nada a ninguém, ninguém sabe nem saberá.

Carlos Drummond de Andrade

EUTANÁSIA: SIM OU NÃO?

Você já parou pra pensar, meu caro interlocutor, qual a sua real opinião sobre a eutanásia?
A primeira coisa que vem à nossa cabeça é: imagina, a vida só Deus dá e só Deus pode tirar.
Concordo plenamente com esse argumento. Mas até onde você realmente iria com essa posição?
Já tentou imaginar uma situação real, com alguém que você ama demais sofrendo dores pungentes, respirando com a ajuda de aparelhos, recebendo doses maciças de morfina e sabe lá mais o que?
Porque é fácil condenar a eutanásia, fácil condenar os que a praticam, fácil fazer propaganda de ah! como eu sou bonzinho e cristão. Difícil é vivenciar uma situação onde você é testado nas suas crenças.
Nessas horas é que podem ruir as mais bem construídas convicções.
Aí, se você não tiver uma fé sólida e uma estrutura emocional forte, você simplesmente vai se deixar levar por aquilo que acredita ser o melhor. O melhor para quem está sofrendo e principalmente o melhor para você mesmo.
Porque eu, euzinha mesma, acredito que a eutanásia é uma forma de minorar muito mais os sofrimentos de quem assiste o doente do que o próprio doente.
Ou seja, puro egoísmo!
Porque o pensamente de quem age dessa maneira é o seguinte:
"Não aguento mais ver tanto padecimento! Estou sofrendo muito, me sacrificando muito, deixando de viver a minha vida, sempre na expectativa se a morte virá ou não acabar com tudo isso. Acho melhor acelerar o processo. Vai ser duro, eu sei. Mas vai ser melhor pra todo mundo. Assim ninguém mais sofre!"
Podem até variar as desculpas de quem comete tão tresloucado ato. Mas no fundo é mais ou menos desse jeito.
E mesmo os países que já admitem a eutanásia também têm o mesmo raciocínio: um doente terminal a menos, um leito no hospital a mais. Menos gastos com médicos, medicamentos e tudo o mais.
E essa  história não é coisa tão atual assim não. Em algumas comunidades antigas era comum condenar à morte os nascituros fracos e deficientes e também os velhos incapazes.
Não sei se você, que está lendo este artigo, já se definiu pelo sim ou pelo não.
Mas uma coisa é certa... Se não somos capazes de criar, porque achar que temos o direito de destruir?
Será que não deveríamos deixar a cargo do Criador, que criou um ser, a hora de interromper o fluxo da vida?
(SUELI CURRIEL)

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011


MUITO ALÉM DA MATÉRIA


Tenho pensado muito na ganância do ser humano. A fúria com que ele se agarra à posse de bens materiais, passando, às vezes, por cima de tudo e de todos para conseguir seu intento. Para essas criaturas a vida só tem sentido se elas possuírem algo.  O que elas querem é conjugar o verbo TER apenas na primeira pessoa do singular.
Algumas chegam a sofrer de disposofobia... Sim, isso é doença! Caracterizada pelo medo mórbido de se desfazer de coisas inúteis.
Outros, mesmo tendo muito, se recusam a dividir suas riquezas com outras pessoas, mesmo entre seus familiares. E até mesmo evitam de gastar consigo próprios, só para ver os bens acumulando-se, dia-a-dia.
E aí? Dá pra entender uma coisa dessas? Essas pessoas, a meu ver, inspiram muito mais compaixão que qualquer outro sentimento.
Existe um estudo feito por pesquisadores norte-americanos que associa o apego material à falta de auto-estima.
Pobres criaturas! Provavelmente pobres de afetos, consumidas por problemas emocionais e que transferem à posse das coisas suas necessidades mais íntimas.
A solução para esse e outros problemas atuais, ainda é, digo com convicção, estabelecermos novas relações entre nós e aqueles que nos cercam.
Uma relação de respeito, dignidade e uma vera fraternidade.
Começando, é lógico, pelos mais próximos a nós: nosso filhos, pais, irmãos, amigos e companheiros.
E depois ampliar nosso círculo de afetos a todos os que cruzarem  o nosso caminho!
Como disse o Terapeuta Divino: "Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei."
(SUELI CURRIEL)

domingo, 6 de fevereiro de 2011

DESSA VIDA NADA SE LEVA


Na Idade Média o homem costumava se postar atrás de grandes fortalezas, cidades fortificadas, com pontes levadiças, torres de vigia, fossos com água e grandes animais carnívoros, sempre com o intuito de se defender de seus inimigos, proteger sua família, seus bens, sua própria vida.
Hoje não mudou muito. O homem atual se esconde em grandes condomínios fechados, com modernos e intrincados sistema de vigilância e segurança. Ou então providencia trancas bem elaboradas, quartos de pânico e outras invenções malucas.
No passado o inimigo eram os invasores e bárbaros, conquistadores de terras e reinos.
Na atualidade ele tenta se defender de assaltantes, seqüestradores e estupradores.
É claro que todo esse aparato, apesar de garantir a sua segurança, também faz com que o homem se isole do mundo, do seu semelhante e até mesmo do Criador.
O ser  humano se distanciou do seu igual, esqueceu do amor universal.
Por medo de perder os seus bens, ele deixou de vivenciar a fraternidade.
Mas quem disse que temos algo realmente nosso?
Quando é que o homem vai se convencer de que é apenas o usufrutuário, não o proprietário de coisa alguma?
Quem vai conseguir levar qualquer bem material desta vida quando a Morte o apanhar em suas malhas?
Nem um grão de areia, nem mesmo um centavo...
E aquilo que o fez se afastar do seu semelhante, ele vai ter que largar e nunca mais porá os olhos ou as mãos em cima.
Mas, muitos poderão argumentar que a fortuna vai ser legada aos seus herdeiros. Será mesmo?
Quantas fortunas se diluem e viram nada quando passam para os herdeiros.
Quem é que pode realmente garantir aos seus familiares uma herança sólida?
Às vezes uma mudança no sistema monetário ou no governo e lá se vão os anos de economia.
Será que vale mesmo a pena sacrificar nossa liberdade individual apenas por medo de perder uma coisa que nem nossa é?
É claro que temos que zelar por aquilo que está sob a nossa guarda. Mas sem deixarmos nos aprisionar num mundo fechado, sem convivermos com as outras pessoas.
É tão gratificante fazermos amigos, termos uma conversa amável com um vizinho, darmos uma informação a um transeunte.
Passearmos com nossa família em uma praça, sem medo de uma bala perdida ou de um assalto.
Deixarmos as janelas abertas, a brisa entrar por nossa sala, sem preocupação com roubos.
Quanto iremos nos enriquecer com essa atitude? Quanto iremos ganhar em qualidade de vida?
Esse sim vai ser o tesouro de que Jesus nos falou, aquele que as traças não consomem nem os ladrões roubam.
É o único que vamos levar dessa vida quando o Criador nos convocar para o seu reino de Paz.
(SUELI CURRIEL)

PRECISA-SE DE UM AMIGO



Não precisa ser homem, basta ser humano, ter
sentimentos.
Não é preciso que seja de primeira mão, nem
imprescindível , que seja de segunda mão.
Não é preciso que seja puro, ou todo impuro, mas não
deve ser vulgar.
Pode já ter sido enganado ( todos os amigos são
enganados).
Deve sentir pena das pessoas tristes e compreender o
imenso vazio dos solitários.
Deve gostar de crianças e lastimar aquelas que não
puderam nascer.
Deve amar o próximo e respeitar a dor que todos levam
consigo.
Tem que gostar de poesia, dos pássaros, do por do sol e
do canto dos ventos.
E seu principal objetivo de ser o de ser amigo.
Precisa-se de um amigo que faça a vida valer a pena, não
porque a vida é bela, mas por já se ter um amigo.
Precisa-se de um amigo que nos bata no ombro, sorrindo
ou chorando, mas que nos chame de amigo.
Precisa-se de um amigo para ter-se a consciência de que
ainda se vive.

NÃO À VIOLÊNCIA!

   Fala sério!
   Tem coisa mais urgente no mundo atual que a resolução de um problema chamado violência?
   Violência contra a criança, o idoso, a mulher, enfim, contras as minorias?
   Qual é a nossa postura diante de tanta indignidade?
    Indiferença, raiva, ódio?
    Será que temos feito algo de concreto para diminuir tão grave problema?
    E o que pode ser feito?
    Talvez seja necessário nos levantarmos do nosso conforto, da nossa paz, da nossa tranquilidade e gritarmos em alto e bom som: NÃO, NÃO! Não façam isso! Respeitem o próximo!
    E que tal seguir o preceito cristão básico: "Não façais aos outros aquilo que não quereis que vos façam"?
    É preciso impedirmos que o mal se alastre. Denunciar toda e qualquer forma de violência, seja para as autoridades, seja para a imprensa, seja utilizando uma tribuna de uma entidade qualquer.
    O importante é não ficar de braços cruzados vendo alguém ser violentado, física, mental ou espiritualmente.
    Somente então poderemos colocar a cabeça no travesseiro e dormir o sono dos justos.
   Vamos adotar essa ideia, vamos tornar o mundo um lugar melhor pra se viver!
(SUELI CURRIEL)

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