terça-feira, 22 de março de 2011

UNIVERSO SEM LUZ

Ah! Minha doce estrela! Hoje você se apartou do meu universo, e foi esparramar o seu rastro de luz longe de mim. Minha pequena, minha doce estrela, te vi partindo e não pude te deter. Afinal, eu já sabia que você só permaneceria ao meu lado por apenas um breve período de tempo. O fazedor de estrelas já havia me avisado, sussurrara em meus ouvidos: "um dia ela há de partir!".
Agora não mais poderei iluminar os cantos escuros da minha alma com a tua presença de luz. Não mais ouvirei o teu riso alegre suavizando as minhas horas cansadas.
Não mais o teu largo abraço, o teu beijo molhado, o teu corpo quente e macio povoando de encanto as minhas noites sem fim...
Você se foi... Em minhas mãos ficou a poeira de luz do teu adeus. E você foi, devagarinho, bem de mansinho, se perdendo na imensidão do Universo, até se tornar apenas um ponto de luz.
Essa luz é que vai iluminar agora as  minhas noites, sempre que não houver nuvens e o céu for um manto negro e aveludado.
E você estará lá, me acenando em reconhecimento. E me perguntará dos meus dias, dos meus sonhos, das minhas desilusões...
E eu te direi que a vida prossegue, afinal. Um pouco sem cor, um pouco sem luz, mas enfim, sempre vida.
E conversaremos até o amanhecer, quando a estrela solar lançar os seus raios sobre a Terra. E você iluminará outros cantos do universo, outras vidas, outras almas, levando alegria e espalhando essa luz que jorra abundantemente do seu íntimo.
Até o anoitecer, minha doce estrela!
(SUELI CURRIEL)

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