sábado, 17 de dezembro de 2011

FIEL, SER OU NÃO SER, EIS A QUESTÃO.




Fiquei pensando seriamente numa frase que me disseram hoje:
"Você tem que ser mais flexível em um relacionamento senão fica difícil a convivência."
Então está certo. Mas vamos em primeiro lugar definir o que é ser flexível.
Pelo que consta, ser flexível é aceitar algumas coisas que ás vezes ou quase sempre, não concordamos. Então relevamos, ou fazemos de conta que não vimos, ou que isso não nos perturba, apenas pra não haver atritos desnecessários.
Isso eu concordo. Acho mesmo que num relacionamento maduro os envolvidos devem tolerar determinadas diferenças, compreender certas limitações no outro.
Às vezes um dos parceiros gosta de dormir cedo, o outro gosta de ir bem mais tarde.
Um é superorganizado, o outro é bagunceiro.
Um começa a apertar o tubo de creme dental lá na pontinha, o outro prefere apertar logo no meio.
Alguns gostam de sair, outros não. Uns gostam de assistir televisão, o outro detesta.
Um adora futebol, o outro odeia.
Enfim, milhares de pequenas diferenças que acabam por enriquecer a vida em comum.
Mas... Acontece que quando essa frase foi dita estávamos falando de algo um tanto mais sério: traição, lealdade, fidelidade.
Então alguém faz o favor de me esclarecer, como se pode ser flexível com um assunto deste?
Quando se fala em amor, isso pressupõe algo muito básico como o respeito. E quem respeita o outro, não comete nenhum ato de traição.
Quem ama verdadeiramente, não vai jamais cogitar em olhar pra outra pessoa com segundas, terceiras ou quintas intenções. Muito menos cometer o ato mais vil de todos: a infidelidade.
Que amor é esse? No coração de quem ama realmente não há lugar pra mais ninguém. Mesmo que seja para uma simples conjunção sexual.
Porque acreditar que apenas transar com uma terceira pessoa não significa traição é banalizar demais uma coisa tão maravilhosa como o sexo.
Então eu acredito sim, que sou inflexível nesse assunto, que endureço muito.
Numa relação de amor não cabe um ato tão escabroso como uma traição.
E o que eu não quero pra mim, também não acho justo fazer com o outro.
Compartilhar, ah, esse eu deixo para o Facebook. Lá você pode compartilhar o que quiser, com quem desejar.
Numa relação a dois não há espaço pra mais ninguém, ninguém mesmo.
E, sinceramente, não gosto muito do número três, odeio triângulo, prefiro muito mais duas linhas paralelas, caminhando lado a lado.
E se tiver que ser flexível a ponto de aceitar uma deslealdade, prefiro ficar solitária o resto da vida.
Porque amor-próprio também faz bem pra pele. Como dizia um antigo ditado:
"Antes só do que mal acompanhada!"
(SUELI CURRIEL)



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