quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

EUTANÁSIA: SIM OU NÃO?

Você já parou pra pensar, meu caro interlocutor, qual a sua real opinião sobre a eutanásia?
A primeira coisa que vem à nossa cabeça é: imagina, a vida só Deus dá e só Deus pode tirar.
Concordo plenamente com esse argumento. Mas até onde você realmente iria com essa posição?
Já tentou imaginar uma situação real, com alguém que você ama demais sofrendo dores pungentes, respirando com a ajuda de aparelhos, recebendo doses maciças de morfina e sabe lá mais o que?
Porque é fácil condenar a eutanásia, fácil condenar os que a praticam, fácil fazer propaganda de ah! como eu sou bonzinho e cristão. Difícil é vivenciar uma situação onde você é testado nas suas crenças.
Nessas horas é que podem ruir as mais bem construídas convicções.
Aí, se você não tiver uma fé sólida e uma estrutura emocional forte, você simplesmente vai se deixar levar por aquilo que acredita ser o melhor. O melhor para quem está sofrendo e principalmente o melhor para você mesmo.
Porque eu, euzinha mesma, acredito que a eutanásia é uma forma de minorar muito mais os sofrimentos de quem assiste o doente do que o próprio doente.
Ou seja, puro egoísmo!
Porque o pensamente de quem age dessa maneira é o seguinte:
"Não aguento mais ver tanto padecimento! Estou sofrendo muito, me sacrificando muito, deixando de viver a minha vida, sempre na expectativa se a morte virá ou não acabar com tudo isso. Acho melhor acelerar o processo. Vai ser duro, eu sei. Mas vai ser melhor pra todo mundo. Assim ninguém mais sofre!"
Podem até variar as desculpas de quem comete tão tresloucado ato. Mas no fundo é mais ou menos desse jeito.
E mesmo os países que já admitem a eutanásia também têm o mesmo raciocínio: um doente terminal a menos, um leito no hospital a mais. Menos gastos com médicos, medicamentos e tudo o mais.
E essa  história não é coisa tão atual assim não. Em algumas comunidades antigas era comum condenar à morte os nascituros fracos e deficientes e também os velhos incapazes.
Não sei se você, que está lendo este artigo, já se definiu pelo sim ou pelo não.
Mas uma coisa é certa... Se não somos capazes de criar, porque achar que temos o direito de destruir?
Será que não deveríamos deixar a cargo do Criador, que criou um ser, a hora de interromper o fluxo da vida?
(SUELI CURRIEL)

Um comentário:

  1. Nossa... você falou exatamente TUDO...
    Usamos do nosso proprio egoísmo, mascarado por desculpas esfarrapadas de sofrimento do próximo, quando na verdade estamos mesmo é querendo nos libertar de tal situação...
    Temos que aceitar que cada indivíduo não recebe sua pena por acaso e necessario... como diz uma pessoa muito querida... "as vezes se faz necessario para nosso aprendizado nem que seja um minuto de sofrimento"
    Não gosto de ter que concordar, mas ela tem razão. Quem somos nós pra abreviar o que Deus criou, desde quando podemos 'achar' que temos esse poder em nossas mãos e se nosso irmão esta passando por semelhante situação, alguma coisa ele tem que aprender e pelo jeito não sozinho... Afinal quantas pessoas esta ao seu lado?

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