segunda-feira, 30 de julho de 2012

DOR



Encontro-me perdida em um estrada solitária...
Há desvios, desvãos, fim do caminho, negação.
Flores atiradas a esmo, o perfume evolando-se sob o sol a pino.
Eu não sei se vou, se fico, se tomo um atalho,
se me atiro em um precipício de cruéis sacrifícios.
O vento passa gritando teu nome, o corpo fica todo arrepiado,
o coração dá um salto mortal nesse peito que nem é mais meu...
As dúvidas dilaceram a minha alma, já tomada de angústia.
Pra que prosseguir, se eu sei bem onde isso vai dar?
E se fico, sei bem tudo o que irei amargar.
De uma maneira ou outra o sofrimento está lá, me aguardando.
Um sorriso mordaz nos lábios envenenados pela concupiscência.
Vou-me entregar a ele, sem reservas, de cabeça baixa...
Que ele venha e me ensine a dor sem limites.
Até que um dia eu encontre a paz... Para sempre!
(SUELI CURRIEL)


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