Vinte e oito anos... Amanhã, dia sete de novembro, faz exatamente vinte e oito anos que tudo começou.
Eu era apenas uma menina, sapeca sim, mas apenas uma menina.
Você também era. Nós mal havíamos saído da adolescência.
E nesse dia, no dia sete de novembro de mil novecentos e oitenta e quatro, eu te conheci, te vi pela primeira vez nessa vida.
E minha vida mudou desde então. Nunca mais fui a mesma. Nem você.
Não foi um encontro, foi um reencontro. De almas, velhas conhecidas na linha do tempo, na semi-eternidade de nossas vidas.
Se eu pudesse voltar no tempo eu faria quase tudo do mesmo jeito. Apenas seria mais audaz, mais atrevida, mais corajosa, menos tímida.
E a nossa historia poderia ser contada de outra maneira.
Mas não, ainda não inventaram um modo de viajar ao passado.
Portanto a historia não pode ser mudada. E apesar de tudo, é uma bela historia.
Cheia de encontros e desencontros, de chegadas e partidas, de descobertas e partilhas...
Você foi a pessoa mais importante na minha vida.
Você me amou e me fez te amar.
Hoje estamos separadas, mas os nossos corações batem em uníssono.
Nossos pensamentos estão entrelaçados, vibrando no mesmo diapasão.
Apesar da distância eu sinto você muito próxima, quase como se estivéssemos conectadas num mesmo plugue, na mesma tomada.
Eu jamais vou te esquecer, nunca deixarei de te amar.
Ninguém mais vai tocar o meu coração da maneira que você tocou.
Hoje você me deu um presente. E eu fiquei muito feliz.
Há muito tempo a serenidade não me preenchia plenamente como hoje.
Não tenho medo do futuro, nem da longa espera.
No final você vai estar me aguardando, braços abertos e o olhar mais doce deste mundo.
Vamos construir paciência, paz e serenidade até lá. Vai ser o nosso patrimônio mais valioso, aquele que ninguém nunca nos roubará.
Não se esqueça: Deus está conosco e nos abençoará os esforços.
Meu amor, eu te amo muito!
Fica em paz e se cuide muito.
Até breve...
(SUELI CURRIEL)
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