sábado, 6 de outubro de 2012

SERENIDADE, EIS-ME AQUI!




O tempo está passando... muito devagar, mas está avançando.
Minhas paisagens íntimas estão ficando mais ensolaradas, mais doces, mais felizes.
É engraçado que quando o abalo emocional fica mais ameno nós conseguimos ter uma visão mais objetiva da realidade.
E conseguimos chegar a algumas conclusões bastante interessantes.
É incrível os estragos que um sequestro emocional consegue realizar.
Cometemos loucura que jamais faríamos se estivéssemos na total posse do nosso equilíbrio interior.
Então, à medida que os dias vão se passando e olhamos para trás, quanta amargura sentimos, um pouco de arrependimento e também um pouco de vergonha.
Mas, enfim, passou. Não há nada que se possa fazer.
Um dia haverá um acerto de contas. Faz parte da Lei de Ação e Reação ou Lei de Causa e Efeito.
Mas uma coisa deu pra notar com a passagem inexorável do tempo: não tem mais no meu coração a mesma repercussão que tinha logo nos primeiros dias.
Era apenas dor que eu sentia, muitas lágrimas e desespero.
Mas agora estou serena e tranquila.
E consigo entender que tinha que ser assim.
Na verdade, acho que o universo conspirou em meu favor pra que tudo acontecesse como aconteceu.
E, embora na hora H eu achasse insuportável, hoje eu consigo ver com uma calma e lucidez espantosas.
A vida, às vezes, reúne pessoas e um tempo depois as separa. Faz parte do show.
Nós achamos que jamais viveríamos sem elas, no entanto, cá estou eu, uma sobrevivente do caos.
E agradeço muito à Providência Divina que me permitiu sair de uma situação que estava se tornando insustentável.
Ela me deixou, sim. A minha doce amada...
Mas o cheiro dela já saiu de mim, não lembro mais da voz dela, da textura da pele, nem da cor dos olhos.
O tempo é implacável, ele joga um véu de esquecimento pra nos ajudar a viver.
Hoje eu procuro outros olhos, outro cheiro, outra voz doce a cantar suaves canções de amor nos meus ouvidos.
Procuro outra boca pra trocar longos beijos, outros braços pra me aninhar.
Quero entrelaçar a minha vida na vida dela.
Construir um relacionamento afetivo, profundo e duradouro.
Passear de mãos dadas na rua, sem vergonha de ser feliz.
Eu sei que vou encontrar, talvez nem demore muito, pois estou com o coração aberto e disposta a me arriscar.
Se eu fiquei tanto tempo sem ninguém foi apenas porque não quis, não corri atrás.
Mas agora já sei o caminho, já me conheço, já me gosto.
E sei que vai dar tudo certo.
E em breve estarei aqui, neste mesmo espaço, tecendo delicadas considerações sobre a minha nova musa, a minha mais adorada mulher.
(SUELI CURRIEL)





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