sábado, 24 de março de 2012

NAUFRÁGIO



A doçura transbordou toda... e ficou pingando no piso frio.
Foi desperdiçada nas palavras que não foram ditas, no beijo que não foi trocado, no amarfanhar dos lençóis que não foram usados...
Agora quem manda é a amargura, o fel, o desar...
Viverei apenas de lembranças?
Ficarei perdida como náufrago em alto mar?
Sem que me apareça uma única embarcação pra me resgatar desse oceano de dor?
Será que conseguirei chegar em segurança em alguma ilha perdida, cercada de paz?
Talvez sim... Então recolherei seixos e conchas e com elas formarei apenas um nome que meu coração não cessa de murmurar: você...
(SUELI CURRIEL)

Um comentário:

  1. Sim, eu sei o que é beber desse fel e ficar com a garganta queimando... de dor.. que não para nunca.

    Esse é o resultado de quando damos as rédeas da nossa vida, do nosso amor, dos nossos sentimentos a outra pessoa e ficamos á deriva.

    Deveríamos ficar ao menos segurando uma das pontas da rédea.

    Mas o amor por nós mesmos nos curará melhor do que sobras...

    Cores vistas à luz de velas não nos parecerão as mesmas se vistas à luz do dia...

    Beijo nesse coração lindo e cuide-se... ame-se...

    Eduardo Curriel

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