sexta-feira, 16 de março de 2012

O AMOR E O TEMPO... NADA MUDA



Cai a chuva lá fora!
Os pingos escorrendo pela vidraça me fazem lembrar os teus olhos, olhos líquidos, chorando numa tarde, há muito tempo...
Eu disse adeus e fui embora...
Você ficou só e ferida. Abandonada à própria sorte, sem o amparo do meu abraço, sem o calor do meu corpo junto ao teu.
Tua boca ficou vazia da minha. No lugar dos beijos, gritos de dor.
Não mais as conversas até de madrugada,  nem as risadas partilhadas, nem o entregar-se ao doce exercício do amor.
Você tentou me reter, mas em vão. Eu tive que partir para uma batalha sem sangue, uma guerra sem feridos.
E nada podia me deter, nada.
Nem mesmo o teu amor incondicional, a tua amizade e companheirismo constantes. Nem mesmo a extasiante sensação de fogo percorrendo minha pele quando você se aproximava de mansinho querendo me amar...
E os anos se passaram, lentos e inexoráveis. A dor da separação foi amenizando aos poucos, até se tornar apenas um borrão na lembrança.
E um dia, eu voltei de minhas andanças. Mas você já havia se acomodado à dor, tinha retomado as rédeas da tua vida.
Mas um olhar nos traiu, uma palavra, apenas uma frase conseguiu remover as barreiras defensivas que você havia construído ao longo dos anos.
E o amor novamente se fez entre nós. De uma maneira doce e inexplicável, como se o tempo não tivesse escoado pela ampulheta da vida.
E tivemos que contornar todos os obstáculos, naturais após tanto tempo distantes. Um a um, foram superados.
E aqui, estamos, novamente de mãos dadas e corações unidos, escutando o barulho da chuva que insiste deliciosamente em cair lá fora.
A minha boca procura a tua, com suavidade e ternura, e um beijo sela como uma promessa esse amor, que com certeza, estava escritos nas estrelas
Eu te amo!
(SUELI CURRIEL)

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